Maníaco-depressivo
Encontros e desencontros, mas eu prefiro
Assim, esse rosto desfigurado e triste.
Posso me alegrar, porém me firo
E onde não há tristeza penso que existe.
Por que sou maníaco-depressivo,
Escrevendo versos nos muros e no chão
Versos de morte, porque não vivo,
Vive a tristeza do meu coração.
Vês esse rio que corre em mansidão;
O colibri que executa suas sonatas
Ao raiar do dia? Que imenso clarão
Surpreende os tambaquis nas cascatas.
A felicidade existe revela-me a Razão!
A tristeza só é bela para as serenatas.
Aracati-Ce., 02 de junho de 2006.
André.