O Poema mais Triste do Mundo
Veja este rosto estático e cansado
Acompanhado de olhos sem planos
Pois bem este semblante derrotado
Pertence a um jovem de vinte anos
Perguntará, talvez, o que aconteceu
Para que flores ainda tão viçosas
Já estejam adoçadas, assim, de tanto fel
Possuídas de forças demasiado venenosas
Digo-lhe, porém, que contemple ao redor
E se encontrar em tudo que olhar
Algo que não esteja repleto de dor
Aceitarei resignadamente sua reprimenda
Mas quem sabe observando você compreenda
Que para, nós jovens, nada de bom restou.
Aracati-Ce., 05 de outubro de 2006.
André.
Noturno e Solitário
Nem percebi que estou sozinho aqui...
Duas guerras abalaram o mundo
E eu continuei com meu piano em Si
Menor executando esse noturno profundo.
Sou, quem sabe, o último louco...
As crianças de hoje já nascem calculando!
Eu, e eu... com vinte anos sei tão pouco!
Parece que a vida comigo está brincando.
Minhas notas são dissonantes para agora.
O teatro, realmente, está vazio
Todos se cansaram e foram embora.
Só a melodia me restou, sinto frio...
Corri inutilmente até lá fora,
Eles levaram meu último brio!
André
Aracati-Ce, 10 de outubro de 2006.
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